10 de jul. de 2012

Animais abandonados preocupam moradores de Patos de Minas (MG)

Os moradores de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, dizem que os animais abandonados nas ruas da cidade para eles são um grande problema. A dona de casa Luiza da Cunha, por exemplo, disse que o motivo de maior preocupação é o contato dos cães com os filhos. “Aqui esses cachorros ficam amontoados e junto com as crianças, o que pode transmitir muitas doenças”, comentou.

A população afirma que convive com a situação desde 2009 e que já deveria ter sido solucionada. No mesmo ano, a Câmara Municipal aprovou uma lei que obrigava a Prefeitura a recolher e castrar os animais abandonados. A lei ainda determinava a identificação dos animais por meio da implantação de um microchip eletrônico. Mas por falta de funcionário e local para abrigar os cães, o serviço está parado há meses.

De acordo com Onaldo Nunes, coordenador de Vigilância e Saúde de Patos de Minas, a Prefeitura já tomou duas providências para minimizar o problema da cidade. “Já contratamos mais dois veterinários para atuar em cima da castração dos animais e levá-los para a adoção. A segunda medida foi um projeto de ampliação do Centro de Controle da Zoonoses, que já foi aprovado e ainda neste ano será concluído”, explicou.

Em relação à identificação por microchip, a questão ainda não é prioridade. “Assim que a gente terminar as etapas de castrações e adoções, partiremos para a próxima etapa, que é o microchip”, disse Onaldo. Assim que as medidas vigorarem serão efetuadas cerca de 15 castrações por dia e os animais serão levados para a adoção.

A Associação de Proteção Animal e Ambiental de Patos de Minas (ASPAA) defende a causa animal e contribui para diminuição da superpopulação de animais abandonados nos perímetros urbanos. A ONG trabalha em parceria com o Centro de Controle da Zoonoses nas feiras mensais de adoção, que adotam cerca de 30 cães por feira. Para a secretária da ONG, Izabel Alcântara, a construção do canil municipal e as novas contratações auxiliarão no trabalho da organização. “A gente recebe essa notícia com grande alegria porque vai amenizar nosso problema com relações a esses animais”, acrescentou.

Mas enquanto nenhuma medida ainda é tomada, a população é obrigada a se conformar com os animais tomando conta das ruas e contar com a conscientização. “Eu acho que é muita tristeza ver esses animais assim. Os tutores deveriam cuidar e não largar na rua. Os cães se apegam ao tutor da mesma forma que os tutores deveriam se apegar a eles. Então quando são abandonados, estes animais sentem falta”, concluiu Neide Peixoto.

Assista à reportagem aqui.

Fonte: G1

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